sábado, 16 de julho de 2011

Especial Girls Power: inspirações no cenário musical


Sempre que novos artistas surgem nas paradas musicais, logo surgem comparações com outros artistas já consagrados. Lady Gaga, por exemplo, já está cansada de ser comparada a Madonna a cada novo single que lança. No Brasil, não é diferente. As vocalistas das bandas Fake Number, CW7 e LunaBlu e as cantoras Lu Alone e Jullie, promessas da nova geração da música brasileira, também são alvo de comparações e inspirações, principalmente quando as outras artistas também são mulheres.
A banda norte-americana Paramore, por exemplo, foi citada por elas como impulso para o surgimento de novas cantoras do estilo nessa geração. “A vinda da Hayley Williams como vocalista de um conjunto de rock nos despertou. É um diferencial e não necessariamente a mulher precisa liderar, mas compor o grupo”, opina Mia, da CW7. “Decidi sobre minha carreira quando vi um clipe da Avril Lavigne, eu tinha uns 10 anos. Mas o início da Fake Number coincidiu com o estouro do Paramore, então, sem dúvida, é nossa grande referência”, explica a cantora Elektra que teve a satisfação de abrir com sua banda dois dos cinco shows de seus ídolos agora em fevereiro no Brasil.
Já Agnela e CW7 também citam Pitty como referência. Nos demais casos, a roqueira brasileira pode até não ter inspirado as cantoras diretamente, mas a atitude e talento que a levaram ao topo foram lembrados. “Gosto muito dela, adoro as músicas, acho que é difícil alguém chegar para desbancar. Mas nem é o caso, tem espaço para todo mundo”, opina Elektra. “No meu caso, não tive referência nacional para me inspirar, o meu estilo é diferente da Pitty. Pra completar, depois dela, apareceram artistas que tiveram carreiras virais”, reflete Lu Alone.
Como não podia ser diferente, o destaque das garotas no cenário também gera uma série de comparações com outras bandas. Valentina Piras, da LunaBlu, conta que a primeira reação do público foi compará-la a Hayley. “Até porque no nosso primeiro clipe eu estava de cabelo vermelho. Na verdade, acho completamente normal. Rola rejeição com o novo e a primeira coisa que você faz é arranjar uma referência pra dizer que é cópia. Com o tempo, temos a chance de mostrar nosso trabalho e os preconceitos cedem. Eu também tive essas reações com várias bandas que depois passei a gostar. ‘Gente, esse cara copia o KurtCobain!’, eu dizia quando conheci o grupo australiano Silverchair. O vocalista é loiro, tem olhos azuis, tinha o cabelo comprido e cantava em trio, que nem o Nirvana. Depois vi que não tinha nada a ver”, conta. Os integrantes da Lunablu lembram que é normal as bandas terem suas referências. “As influências se diluem até a banda chegar num estilo próprio”.
Jullie
As cantoras Jullie (foto) e Lu Alone se tornaram amigas depois de uma rixa entre seus fãs
Brigas e comparações
Com apenas 18 anos recém-completados, Lu Alone também compõe, toca piano, tem 3 canções emplacadas em trilhas sonoras de novelas, além de ter protagonizado dois programas de TV – um reality no Multishow e uma turnê de shows feita durante o verão pelo canal Nickelodeon. Nem essas importantes conquistas a livraram dos problemas com as comparações. Tanto que uma inverdade sobre sua carreira criou uma situação embaraçosa: um veículo de comunicação publicou que a garota iria traduzir e gravar um CD com canções de Hanna Montana, personagem de Miley Cyrus em um seriado norte-americano.
Lu teve que enfrentar uma chuva de críticas de fãs da cantora pop. Mas conseguiu reverter à situação, e essa resposta veio com a personalidade que imprimiu em seu CD de estreia, lançado em 2009. “Adoro ela e a Demi Lovato, porém quero mostrar o meu jeito de ser”, disse à Up!.
Além disso, até uma rixa entre seus fãs e os das cantoras Manu Gavassi e Jullie ela teve de enfrentar. “Brigavam entre eles por nossa causa, entravam em nossas páginas da internet para falar mal, xingar e comparar. Conheci a Jullie quando liguei para ela e comentei a situação que também já a incomodava. Começamos a postar fotos juntas, fazer campanha uma para a outra e eles perceberam que não tinha porque aquelas reações. Aliás, acabamos nos aproximando de verdade, virando amigas. Nossos fãs também se uniram e passaram a conhecer melhor o trabalho de nós três”, revela Lu.

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