sábado, 19 de fevereiro de 2011

Paramore leva fãs ao delírio em BH

Barulho, muito barulho. Quem esteve no Chevrolet Hall no último dia 17 de fevereiro constatou o frissom que o furacão chamado Paramore repercutiu nas adjacências.Casa de shows cheia, milhares de adolescentes na pista (e pais, mães e acompanhantes, na arquibancada) testemunharam uma ótima apresentação da vocalista Hayley Williams e seu grupo.

Antes do show, os fãs ávidos pra chegarem perto dos seus ídolos protagonizaram um empurra-empurra, sem maiores consequências. A cada minuto que o show se aproximava, o clima esquentava, tanto o calor dentro do ginásio, quanto da tensão de um público prestes a explodir. A mera presença dos roadies subindo no palco para fazer ajustes já era motivo de gritaria.E o público explodiu. Extamente às 20h55, cinco minutos antes do previsto, a banda começou a tocar Ignorance e os tímpanos vibraram ao extremo, parecendo que iam explodir, tamanha a gritaria e excitação do público. Em 5 segundos, o público estava na mão. Hormônios em fúria.

A cada aceno da vocalista, as arquibancadas urravam. No início do show, a banda ainda emendou outras músicas famosas, como That's what you get e For a pessimist, I'm a pretty optimistic. Se bem que, como o público cantava todas as músicas, parecia que todas eram consagradas.O Paramore se apresentou com seis músicos, todos com boa presença de palco, principalmente a carismática vocalista. Após a explosão inicial, a banda apresentou um set acústico, com quatro músicas, sendo uma inédita, In the mourning.

Logo em seguida, a temperatura voltou ao subir com os sucessos Crushcrushcrush, Pressure e Looking up. O momento meigo da noite foi a balada The only exception, com o público indo às lágrimas e erguendo balões brancos.

No bis, a vocalista volta com uma camiseta com a bandeira de Minas Gerais, mas nem precisava. O público já era dela há tempos. Ainda emendaram o hit Brick by boring brick e fecharam com Misery business, fazendo o Chevrolet Hall tremer, com todos pulando. Momentos depois, em sua página do Twitter, declarou que "o show foi insano. Estava muito quente e barulhento. Muito obrigada Belo Horizonte. Me sentindo bem com estes dois shows em 2011" (Show em BH foi o segundo da turnê, após Brasília).A banda de abertura, Hey Ladies, de Belo Horizonte e os fãs de Paramore deram declarações apaixonadas e até surpreendentes. O Hey Ladies mesclou música própria com covers de AC/DC, Jet, Lady Gaga, The Hives e Ramones, acompanhados em coro pelo público.

"Abrir o show foi perfeito, simplesmente perfeito. Fomos muito bem recebidos e o público cantou todas as músicas que a gente tocou. Essa foi a nossa surpresa principal, a galera ainda tem muito preconceito com esse rock novo que é feito aqui e lá fora. E esse público do rock novo, conhece todas essas bandas conceituadas que tocamos", disse Leca Novo, 25 anos, baixista da banda.

Já os fãs do Paramore mostraram que conhecem rock sim, contrariando o que muitos pensam. O músico Alexandre Oliveira, de 22 anos é um exemplo. "Achei o show muito bom, superou minhas expectativas, o baterista Josh Freeze eu já conhecia da banda A Perfect Circle. Adorei o setlist, tocaram todas as músicas conhecidas. O único show em BH que achei tão bom quanto esse foi do Hopesfall" (em 2005).

As amigas Ingrid de Souza e Natália Moreira, de 14 anos, foram enfáticas sobre a apresentação do Paramore. Natália, que vestia uma camiseta do Metallica e Ingrid, que se declarou fã de Guns N' Roses e Green Day, não pouparam elogios ao show. "Foi incrível. E foi em BH né? Pois é muito difícil banda internacional vir pra cá. Quando fiquei sabendo, fiquei emocionada, pois Paramore é minha banda preferida. E quando eu vi eles no palco, eu pirei. Eu conheço o Paramore há 1 ano, mais ou menos. Mesmo se o Metallica vier ao Brasil, não vai ser melhor."

"Ela é mais linda do que eu imaginava", disse Caio Martins, de 17 anos, sobre Hayley Williams. Se a vocalista confirmar o desejo de retornar ao país em no máximo três anos, muitos adolescentes já começarão a contagem regressiva para reencontrá-la.

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